quarta-feira, 12 de maio de 2010

Abram os olhos


Têm olhos
Mas não vêem
Têm boca
Mas não falam
Têm ouvidos
Mas não ouvem
Têm coração
Mas não o sentem
Têm alma
Mas não a seguem

Seres perdidos
Seres que vagueiam
Desconhecem quem são
Abram os olhos
Falem a verdade
Usem os ouvidos, escutem
Ouçam o coração, sigam-no
Sintam a vossa alma, ela implora

Acorda
Esquece o que te foi dito
Não acredites em tudo
Que te foi ensinado
Esquece as normas
Os dogmas
As verdades gerais
Tu és muito mais

O próprio homem
Criou o mal
Rebaixando seu semelhante
A discriminação e a desigualdade
Tudo isto é fruto da maldade
A falta de oportunidade e igualdade
Gera violência e ignorância

O saber e o poder
Subiu à cabeça
Usado como manipulação
Mantém uns bem alto
E outros bem lá no chão
O conhecimento
Não é partilhado
A desigualdade
Está em todo o lado
A inteligência
É mal empregue

Deus criou-te perfeito
À sua semelhança
Tu seguiste a tua cabeça
Deus criou o mundo perfeito
O homem estragou
O que Deus criou

Não te lamentes
Não chores
Não ergas as mãos aos céus
Olha para o teu semelhante
Vê naquilo que se tornou
A sociedade não sociabiliza
Ela desmoraliza
Deus te libertou
Tens livre arbítrio
Só não o sabes utilizar
Deus não te tirou
O teu semelhante
É que não partilhou

1 comentário:

  1. "O próprio homem
    Criou o mal
    Rebaixando seu semelhante
    A discriminação e a desigualdade
    Tudo isto é fruto da maldade
    A falta de oportunidade e igualdade
    Gera violência e ignorância"
    ...
    "A sociedade não sociabiliza
    Ela desmoraliza
    Deus te libertou
    Tens livre arbítrio
    Só não o sabes utilizar
    Deus não te tirou
    O teu semelhante
    É que não partilhou"

    Adorei essas partes, muito expressivo, muito característico, profundo.

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